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Ruas de Marília

Rua Sebastião de Souza

Conheci Sebastião de Souza em 1936. Ele já era Coletor de Rendas Estaduais em Marília, desde 1929, quando foi criado o município de Marília. Nasceu em Dois Córregos em 25 de Dezembro de 1894.Seu nome completo como está na sua sepultura no Cemitério de Marília é, “Sebastião do Prado Souza”. Casou-se com a capivariana Professora Adélia da Costa Aguiar, estimadíssima pelas suas ex-alunas. Residia o casal na excelente casa à Avenida Sampaio Vidal, esquina da Rua Bahia, hoje transformada no Restaurante D. Quixope, e se transformando, ao que sabe numa moderna padaria. Na parte da esquina funcionava a Coletoria Estadual. Depois Sebastião de Souza mudou a Coletoria para a Rua Espírito Santo, hoje Armando Sales Oliveira no prédio ainda existente, que teria sido Teatro no início da cidade. Mais tarde foi o mesmo mudado para a Rua Nove de Julho, onde hoje se acha o “Preço Fixo”. Funcionário muito honesto exemplar em seu trabalho tinha, entretanto Sebastião de Souza alguma excentricidade, de vez em quando se implicava com funcionários ou outras pessoas as quais aplicava alcunha ou apelido. Eu sempre me dei muito bem com ele, no início, como funcionário da Secretaria da Agricultura e depois como serventuário da justiça. Entre os meus funcionários havia um, muito competente. Mas muito exigente que não caiu nas boas graças do Coletor. Era ele muito louro, quase um tipo albino. Ia sempre à Coletoria adquirir selos. Sebastião perguntou ao nosso comum amigo já falecido Oshiro Takitani, como se dizia “macaco” em japonês. De posse da informação, quando aquele funcionário entrava na Coletoria, ele pronunciava a palavra em japonês, todos os funcionários riam talvez de Sebastião, o funcionário adquiria os selos e saia sem nada perceber. Depois foi com um gerente de Banco, de sobrenome Leite, que era para ele “Doce de Leite”, e outro mais de forma inofensiva e para sua própria satisfação e de Leite. Por qualquer razão, foi ele removido para a Coletoria Estadual de Pompéia, para onde ia de ônibus e num de seus regressos, ao descer do mesmo à esquina da sua residência, o veículo o atropelou e ele faleceu em 24 de Junho de 1953. A Prefeitura deu seu nome a uma rua na Vila Hípica Paulista e Núcleo Habitacional Nova Marília. Entretanto o mesmo não se ocorreu com o nome de sua esposa, a Professora Adélia da Costa Aguiar, que veio para Marília com seu esposo em 1929, removida para as Escolas Reunidas de Marília, passando depois a adjunta do Grupo Escolar em Fevereiro de 1930, cargo que exerceu, com dedicação até sua aposentadoria, tendo falecido em 17 de Janeiro de 1983 cercada pelo respeito e admiração de todos os seus alunos e de quantos a conheceram. Na oportunidade queremos dizer que em vida Adélia, depois de viúva, somente alugava parte da esquina do prédio aqui nosso objeto, grande cirurgião e médico Dr. Adhemar de Oliveira, hoje residente na Capital do Estado. Fica aqui com a nossa homenagem àquela educadora, a proposição para que a nossa Prefeitura não se omita na primeira oportunidade, eternizar o seu nome numa rua ou prédio nesta cidade. No próximo artigo passaremos a relatar prédios e pessoas da parte fronteira do quarteirão aqui mencionado. Fonte: Paulo Corrêa de Lara - Comissão de Registros Históricos Jornal do Comércio de 31/01/89. Lei 459/54




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