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Ruas de Marília

Praça Bernardo Severiano da Silva

Bernardo Severiano da Silva chegou em Marília aos 21 anos, em janeiro de 1937, quando a cidade tinha apenas 7 anos de idade, tangido pela falta de trabalho que já havia empurrado para o sul seus dois irmãos mais velhos em consequência das secas no Nordeste. Natural de Alagoas, era caçula dos treze filhos do carpinteiro Apolinário Valentim da Silva e Carolina Leopoldina Severiano, lavradores que tinham perdido seu pedaço de terra sempre em consequência das secas. As condições miseráveis da família ceifaram a vida de dez dos treze filhos. Sobraram Odilon de 1903, Pedro de 1910 e Bernardo Nascido a 15 de Junho de 1915 na casa de pau-a-pique da família na rua do cravo, Viçosa, a cerca de 200 km de Maceió. Seu primeiro emprego foi na Casa Bellomo, na antiga Rua Barão do Bananal, depois Coronel Galdino. Em 1938 conheceu Julieta Massola, filha de imigrantes italianos que haviam trabalhado em corte de cana e colheita de café na região de Jaú e agora tentavam vida melhor em Marília. Casou-se com Julieta no dia 6 de setembro de 1939 e tiveram 5 filhos: Mylton, jornalista e autor de livros; Iracema, pintora e comerciante; Ivo, Luiz e Yara, comerciantes. Em 1939, enquanto o mundo entrava em guerra, Bernardo pediu as contas ao patrão, arrebanhou algumas ferramentas e 300 cruzeiros e abriu a Sapataria Silva. Em quatro anos, a Sapataria Silva se transformou na Fábrica de Calçados Silva, instalada em prédio próprio na Av. Santo Antonio, 254. No fim da guerra, aproximando-se também o fim da ditadura Vargas e com a redemocratização do país, Bernardo aderiu à política e ao PC do B, mas o partido se tornou ilegal no pós-guerra. Empresas internacionais fornecedoras do ramo do calçado, como a American Shoe, tomaram medidas que tornaram inviáveis empresas como a Fábrica de Calçados Silva, que para se salvar Bernardo vendeu tudo e montou na Rua São Luiz, 735, a Casa Silva, de comércio de calçados e outros produtos de couro. Nos anos 50, filiou-se a um partido com legalidade, o PTB - Partido Trabalhista Brasileiro, pelo qual se elege e se reelege vereador, dedicando-se ao mais "fracos" e carentes. Em 1965, tendo em vista as perseguições dos adversários políticos e condições psicológicas, mudou-se para capital paulista, montou lojas de tintas em São Paulo, casou filhos, teve 15 netos e viveu para conhecer duas bisnetas. Aos 70 anos, mudou-se para Ourinhos, ficando mais próximo de Marília. Morreu aos 17 de agosto de 1996 e seus familiares cumpriram seu desejo de ser enterrado em Marília, no Cemitério da Saudade. Colaborador: Biblioteca da Câmara Municipal de Marília. PL nº 103/98 Lei 4487/98




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