Nascido em São José do Barreiro, em 11 de Agosto de 1904, descendentes dos fundadores daquela cidade, Davino Alves de Souza veio para Marília em 1936, trazido pelo seu amigo João Coube para gerir a filial das Livrarias Brasil, que então se instalou nesta cidade. Estava a Livraria Instalada no prédio da Avenida onde hoje se acham: O Foto 5 minutos e a Imobiliária Lozano, de onde se mudou para frente, no prédio adquirido da família Piva, onde ainda hoje se acha, sob a denominação de “Tilibra”. Davino se impôs desde a sua chegada pela correção da sua conduta e honestidade. Era um homem que só tinha amigos. Fez parte de todos os movimentos em benefício da cidade, foi presidente por várias vezes da Associação Comercial e Industrial de Marília, passando a “Presidente de Honra”. Fez parte por muitos anos do Banco de Marília, Cooperativa Regional de Crédito, entidade esta, ímpar no movimento cooperativista do País. Sua opinião criteriosa chegou a pesar para revogação pelo Estado de lei contrária aos interesses do comércio. Propôs ao Estado a criação de Escola de Agricultura na Fazenda do Estado, o que infelizmente não se efetivou. Como gerente das Livrarias Brasil, fez esta construir a vila para residência de seus operários, iniciativa “suigeneris” naquela época. Assim estimado pelos funcionários da empresa que dirigia, destes recebeu as melhores demonstrações de amizade quando se aposentou, com 36 anos de bons serviços. Participou da Fundação do Clube de Campo, foi da primeira Diretoria do aeroclube de Marília, da Sociedade Amigos de Marília, da Sociedade Luzo Brasileira, membro do Conselho do D.A.E.E. e da Comunidade N.S. da Glória. Participou da assembléia de transformação da Casa Bancária Almeida S/A em Banco Brasileiro de Descontos S/A. No tempo da Grande Guerra empenhou-se para a liberação dos bens dos súditos do Fizo em Marília, principalmente os japoneses, todos seus amigos. Amigo pessoal de Basílio Machado e Pacheco Chaves, com eles se empenhou para trazer para Marília a Escola Senac e o Sesc que ajudou a montar procurando conseguir para tal o primeiro prédio à Avenida Sampaio Vidal para a sua instalação. Aposentado dedicou-se à propriedade agrícola que mantinha no distrito de Dirceu e, rodeado dos seus faleceu em 18 de maio de 1987, algum tempo depois de ser entrevistado pela Comissão de Registros Históricos da Câmara Municipal e da Cidade de Marília, onde a mesma se acha arquivada, na Prefeitura Municipal de Marília deu o nome de Davino Alves de Souza a uma rua do Jardim Maria Izabel III. Fonte: Paulo Corrêa de Lara - Comissão de Registros Históricos Jornal do Comércio de 17/01/89. Lei 3386/88