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Parceria


Ruas de Marília

Praça Doutor Augusto Saturnino de Brito

Fonte: Jornal Diário de Marília Coluna Raízes 21/05/2011 17:00:00 As várias faces da Praça Saturnino no "coração" da cidade é retrato da urbanização desenfreada Em 1930, descampada e ainda por fazer, a Praça Saturnino de Brito foi instituída por Durval de Menezes, o primeiro prefeito de Marília. Lá acontecia a feira livre de domingo e depois, também às quintas. Na Revolução de 32 foi canteiro de barracas de soldados, alçando a Bandeira das 13 listas. Ajardinada, a praça recebe o nome de Saturnino de Brito, em homenagem a um de nossos heróis. Ele tombara na luta por São Paulo. A feira passa a funcionar na Avenida Sampaio Vidal com a Mauá. Em volta da praça vão surgindo as casas comerciais e residenciais. Corais e orfeões cantam. As pessoas fazem da praça o seu habitat festivo.Uma segunda praça reaparece. Serve de namoro, de sonhos, de fofocas e de muita política. O coreto se firma como marco de cultura mariliense. A Banda do Maestro Galati enche a praça de melodias imperiais, européias, de samba e canções. A banda assume a grandeza da cidade e marca a época de audição obrigatória das marchinhas brasileiras. Fase da boemia. Nela os boêmios esbanjam serenatas ao luar e em noites escuras trocam-se beijos e abraços tão proibitivos. Pastores armados de Bíblia pregam o reino de Deus tão distante dos homens. Entretanto, quem mais eco produz na praça são o alto-falante e jovens, que trançam pelos canteiros, em busca do "footing" e do cinema. Mais tarde, a praça com suas árvores frondosas envelhece. Uma terceira praça vem à tona.Nós a vivemos, enamoradamente jovens, em busca do amor, até comporíamos a nossa vida a dois, em ternas juras.Guardião da praça, o soldado do Monumento aos Pracinhas, olha a cidade progressista. Mas, novamente ela é sacrificada. Juntam nela um quarteirão da rua 4 de Abril. Ao invés do coreto dão-lhe um palco de cimento, onde se realizam desde o "Altar da Pátria" nas festas cívicas, até as danças folclóricas, fazendo vibrar a alegria juvenil dos estudantes. Um dia o tempo passou. A praça toma ares de anciã. O pedestre mal se locomove no pequeno espaço tomado pelos camelôs. Por fim, a mesma praça que teve tantos jardins sobrepostos, um ao outro, vai receber brevemente um busto de Antonio Pereira da Silva, e uma face do seu filho José Pereira (o Pereirinha) lembrando que ambos foram os fundadores do Alto Cafezal, o primeiro núcleo que deu origem à nossa cidade. Rosalina Tanuri da Comissão de Registros Históricos. Ato 173/33




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