São eles que desenvolvem e mantêm a tecnologia a que temos acesso. Um dos maiores exemplos é a ferramenta de busca na internet

O trabalho deles está por toda parte: em casa, na escola, no trabalho, nos bancos, nos locais públicos, enfim, por todo lado. São eles os responsáveis por desenvolver e manter boa parte da tecnologia a que temos acesso, mas quase ninguém se dá conta disso. Graduados em ciências da computação, esses profissionais são o tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (24).   

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Alunos do curso de ciência da computação da UFMS (Foto: Divulgação)

O objetivo dos cursos de ciências da computação é formar profissionais capacitados para atuar desde a concepção de um algoritmo (como uma receita de bolo para resolver um problema de informática) até a criação e administração de um software.

De forma mais simples, o cientista da computação é um criador de softwares (conjunto de produtos que inclui os programas para computadores e manuais, especificações, etc.). Ao lado do engenheiro da computação e do bacharel em sistemas de informação ou análise de sistemas, o cientista da computação promove a migração de métodos manuais de trabalho para a informatização e a automação.

Como a formação é bastante ampla, as áreas de atuação são muito variadas. O cientista da computação pode trabalhar com tecnologia agrícola, jogos eletrônicos, tecnologia para celulares, equipamentos eletrônicos e bancos de dados, entre outras áreas. "Ele não é um simples programador. Ele tem uma visão muito mais ampla do que é a computação, por isso desenvolve atividades mais específicas, que vão do hardware ao software", disse o professor Hermano Perrelli, vice-diretor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Um bom exemplo de trabalho desenvolvido por um cientista da computação é a ferramenta de busca do Google. "Um site de buscas está embasado em uma sólida formação teórica da computação. Olhe para a busca do Google. Você digita uma palavra e em centésimos de segundos a busca está concluída. Agora pense na arquitetura que está por trás disso, pense no conjunto de coisas que permite ao usuário digitar uma palavra e aparecer várias coisas relacionadas com uma velocidade muito grande. Isto é trabalho de um cientista da computação", explicou Edson Norberto Cáceres, diretor de educação da Sociedade Brasileira de Computação e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).     Aptidão por ciências exatas
Antes de escolher a carreira ciências da computação, o vestibulando precisa estar ciente de que o curso é muito mais do que ter afinidade com jogos, MP3 ou computadores. "A formação básica é composta essencialmente por lógica e matemática pura. É preciso ter habilidade com ciências exatas. Se o candidato não souber entender uma regra de três, por exemplo, ele não vai conseguir levar o curso", disse a professora Renata Pontin de Mattos Fortes, coordenadora do curso de ciências de computação da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo Renata, os dois primeiros anos do curso de ciência da computação possuem muitas disciplinas que envolvem matemática, cálculos, geometria, álgebra e lógica, o que muitas vezes pode assustar os alunos. "Tem muitos alunos que se decepcionam com o curso porque achavam que iam chegar na faculdade e fazer joguinhos", disse.

Geralmente, só depois do terceiro ano é que os futuros cientistas da computação terão contato com as disciplinas mais específicas do curso, que inclui formulação de projetos, linguagem de programação, engenharia de software, banco de dados, inteligência artificial, arquitetura de computadores, multimídia, computação gráfica, rede e sistemas, etc.   Fonte: Portal G1  

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