O Univem (Centro Universitário Eurípides de Marília) proíbe trotes violentos ou que humilhem seus calouros. Ao invés disso, propõe atividades produtivas. Todo ano os recém estudantes de Direito visitam entidades sociais da cidade. As novas turmas de 2010 optaram pela Mansão Ismael e Associação Filantrópica, que receberam os jovens ontem.
O Direito tem quatro turmas. Para as três do período noturno a adesão ao trote solidário é opcional porque a maioria trabalha. A turma diurna tem 80 alunos, que se dividiram entre as duas entidades. Ana Paula Xavier, de 18 anos, esteve na Mansão Ismael. “Sou de Marília e sempre ouvi falar desse lar de idosos, mas nunca havia entrado aqui. Foi uma oportunidade”, disse.
Isadora de Oliveira Montenegro, de 19 anos, mora em Marília há dez anos, mas também esteve na Mansão pela primeira vez. “Estou muito feliz em estar aqui e falar do amor de Deus principalmente por meio dos gestos”. A jovem se surpreendeu com a vitalidade demonstrada por alguns dos moradores. “Claro que existem os idosos que estão doentes ou tristes, mas aqui há alegria também e é muito bom podermos contribuir para isso”.
De acordo com o professor de Direito Civil e vice-coordenador do curso de Direito, Teófilo Marcelo de Área Leão Junior, a proposta é que os acadêmicos “cresçam humanitariamente”. Um despertar para o serviço social. “Muitos continuam visitando as entidades que conhecem nessa oportunidade do trote solidário. Desenvolvemos esse projeto há sete anos e tem trazido resultados”.
O professor mencionou que os estudantes se relacionam com os abrigados e ajudam no serviço que aparecer, como lavar uma louça, arrumar um jardim ou simplesmente conversam e oferecem carinho e atenção, o que tem grande significado.
O estudante Giacomo Penachioni, de 19 anos, chegou em Marília no ano passado e ontem conheceu a Mansão Ismael. “Quando os jovens entram na faculdade não têm experiência social e através desse tipo de ação passam a adquirir a consciência de que, ao se formarem, se tornarão servidores sociais. Passam a compreender a importância do seu papel, mesmo enquanto estudantes, na sociedade. Para mim foi uma oportunidade importante porque me proporcionou, assim como a todos os demais, um contato físico direto com a realidade social da cidade onde estou inserido”.


Fonte: Jornal da Manhã

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