Em vigor desde setembro de 2008, a nova lei de estágios provocou desaceleração, mas empresas já voltaram a contratar estagiários

Segundo levantamento do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), antes da aprovação da lei havia 1,1 milhão de estagiários no Brasil, 715 mil de nível superior e 385 mil de ensino médio e técnico. Hoje, esse número é de 900 mil, sendo 650 mil de nível superior e 250 mil de ensino médio e técnico.

Para o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci, o não entendimento da lei foi o principal fator para a diminuição do número de vagas.

“A redução nas contratações aconteceu devido ao fato de os empresários não terem conseguido se adaptar, inicialmente, ao estágio de seis horas. Contudo, apesar de ainda não ter atingido os patamares anteriores à medida, o número de vagas já voltou a subir e deve alcançar os patamares antigos até o início do próximo ano”, explica.   Ensino médio Ainda segundo Mencaci, os estudantes de ensino médio foram os mais prejudicados com a medida. Isso porque, por conta do artigo 17 da nova lei, a contratação destes jovens ficou limitada a 20% do quadro total de funcionários de uma empresa.   Dessa forma, os estudantes de ensino médio, que representavam 34% do total de estagiário, atualmente não passam de 18%.   “Infelizmente, há 8,3 milhões de estudantes desse nível e somente 3% conseguem estagiar. Com a nova determinação, esse jovens foram prejudicados”.   Para ter sucesso Independentemente se o candidato, ou estagiário, é de ensino médio ou superior, para ter sucesso os estudantes devem desenvolver três aspectos: conhecimento, habilidade e atitudes.

No primeiro caso, o investimento deve ser em cursos, como o de línguas, informática e outros que complementem a formação acadêmica. No segundo, deve-se focar nas habilidades exigidas para a carreira que se quer seguir, enquanto que no terceiro, a prioridade é no emocional, desenvolvendo a comunicação e a capacidade de se relacionar com as pessoas.

Fonte: UOL / Economia 

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