Em um programa de estágio, é preciso projetos que proporcionem resultados efetivos. E isso não é impossível

Hoje, a maioria das empresas oferece vagas de estágio, encarado como uma ação de responsabilidade social, pois combina a capacitação prática de jovens acadêmicos à concessão de uma bolsa-auxílio que os ajuda a manter seus estudos. A ideia inicial é preparar o estagiário para ocupar, futuramente, cargos de confiança, já que estes estarão mais familiarizados com os processos da empresa. “A capacitação prática é a melhor forma de ocorrer a inserção no mercado de trabalho para o estudante. Para as empresas, ele continua sendo a melhor fonte de aquisição de novos talentos que podem ser absorvidos pela companhia no futuro”, reflete Eduardo de Oliveira, superintendente de operações do Centro de Integração Empresa Escola, o CIEE.
Entretanto, muitas contratam apenas com o objetivo de cortar gastos com profissionais mais qualificados e não se atentam em desenvolver um projeto voltado à formação do profissional que está em início de carreira. “Como o estágio é uma atividade socioeducativa regida por legislação específica, a empresa contratante tem isenção dos encargos trabalhistas e previdenciários sobre os contratos”, justifica Oliveira. E, de fato, criar um programa de estágio eficiente e que resulte no crescimento profissional do estagiário requer atenção especial por parte dos gestores de recursos humanos. Não basta oferecer benefícios como bolsa-auxílio, mas recursos que enriqueçam sua trajetória acadêmica e profissional.
O bom estágio
Para Oliveira, um bom programa de estágio deve ser moldado de acordo com a Lei nº 11.788 de 2008. Ela prevê as obrigações das empresas em relação ao estagiário, os benefícios que o jovem receberá, entre outros temas. Em segundo lugar, o programa deve proporcionar ao jovem a capacitação prática na área em que está estudando e mostrar a ele a realidade do dia a dia da profissão, estimulando o desenvolvimento de suas competências pessoais e profissionais. “O bom relacionamento entre estagiário e colaboradores da empresa também é importante, pois mostra a total inserção do estudante na companhia.”

Oliveira ressalta que, para um programa de estágio ser bem-sucedido, é preciso que três lados se empenhem e cumpram corretamente a parte que lhes compete: a empresa, o estudante e a instituição de ensino. Isso ocorre porque a empresa é responsável pelo lado prático; o estudante, o executor; e a instituição de ensino autoriza e define o programa de estágio, além de fornecer o embasamento teórico para que o estágio seja mais bem executado. Portanto, para que um programa tenha sucesso é preciso que ele se volte para essa tríade e isso só é possível com o total envolvimento do RH da companhia, sendo recomendável que ele conte com o apoio de um agente de integração sério e experiente, que atuará como uma eficiente ponte entre esses três Es (empresa, escola e estudante). “No caso do CIEE, as empresas parceiras contam com um amplo leque de serviços prestados por equipes especializadas, que cuidam desde o recrutamento até o assessoramento jurídico e facilidades para a administração do programa disponíveis no ambiente empresa do Portal www.ciee.org.br (modelos de relatórios, currículos, banco de talentos, etc.)”, diz Oliveira.
  Fonte: Carreira e Negócios 

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