Conheça os prós e contras deste caminho

O crescente número de cursos preparatórios e a quantidade de pessoas que todos os anos disputam uma vaga em um concurso público apontam para o grande interesse que o brasileiro tem pelo setor.

Inclusive, diante de condições de trabalho por vezes adversas, não raro, alguém pensa: “E se eu largar tudo e virar funcionário público: será que vale a pena?”.

Depende. De acordo com a professora e coordenadora do curso de Administração da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Elisabete Adami Pereira dos Santos, tudo irá variar conforme a motivação da pessoa para querer tal mudança e em qual setor do funcionalismo público ela pretende trabalhar.

“Se a pessoa quer, por exemplo, menos pressão no trabalho, mas vai para um banco, ou setores que já possuem concorrentes na iniciativa privada, ela não encontrará um ambiente muito diferente do qual ela já estava inserida na iniciativa privada”, explica.

Prós e contras De modo geral, além de procurar por um ambiente de trabalho menos hostil, com menor pressão por resultados e maior flexibilidade, na opinião do professor de gestão de pessoas do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), José Valério Macucci, a segurança e a remuneração são fortes atrativos para quem pensa em construir carreira no setor público.

Para Macucci, aliás, juntamente com a possibilidade de especialização – prevista em algumas áreas do funcionalismo público – o tripé salário, segurança e ambiente mais flexível são os principais pontos positivos do setor.

Por outro lado, quem deseja fazer este caminho, diz ele, deve estar preparado para exercer funções mais estáticas, para ter uma remuneração mais linear (sem contar com bônus, prêmios, entre outros) e para o desenvolvimento mais lento da carreira, com as promoções ocorrendo, geralmente, por prazos, e não por mérito.

No mais, dizem os especialistas, a volta para o setor privado, caso haja vontade, pode ser complicada.

“Uma pessoa que se emprega no setor público e depois quer ir para o privado pode ter dificuldades porque, muitas vezes, as empresas privadas têm o receio de que a pessoa não se acostume com a dinâmica do setor privado, visto que ela é, na maior parte das vezes, bem diferente”, ressalta Macucci.

  Fonte: UOL / Empregos 

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