Formação é ampla e mescla disciplinas de exatas e humanas

O curso conta com matérias como física e administração e mercado de trabalho tem diversas áreas de atuação

Um curso de formação ampla que alia as áreas de engenharia e administração. Essa é a definição mais comum dada por professores e profissionais da área sobre a engenharia de produção.

Diferentemente de outras engenharias, a de produção mescla conhecimentos de exatas como cálculo e ciência de materiais, por exemplo, e humanas, como administração, finanças, meio ambiente, entre outros. “O aluno tem que ser um híbrido de tecnologia, economia e capacidade gerencial”, sintetiza o professor Regis da Rocha Motta, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos primeiros cursos da área no país.

Nesta reportagem, você vai entender melhor o que é o curso, suas áreas de atuação, saber quais setores demandam mais vagas no mercado e ler o relato de pessoas que já trabalham na área.

Um engenheiro de produção projeta e gerencia sistemas que envolvam pessoas, materiais, equipamentos e o meio ambiente. Cabe a ele planejar e coordenar as atividades básicas de uma empresa como compras, produção e distribuição de produtos, além de promover a melhoria da eficiência.

A professora Danielle Dias, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, define o profissional como um gestor que usa seus conhecimentos de engenharia para tomar decisões. “Somos diferentes dos administradores. Eles fazem planos de negócio, lidam com marketing. Nós temos condições de atuar em problemas ligados à produção como redução de desperdício, por exemplo”, cita ela. A graduação da UFV ficou entre as melhores na avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

Mercado
Por ter uma formação diversificada, o profissional pode atuar em diversas áreas desde de indústrias, setor ambiental, financeiras, segurança do trabalho e até mesmo a área governamental. “Como é uma graduação generalista, há mais possibilidades no mercado de trabalho. É uma das engenharias que mais emprega”, afirma Osvaldo Quelhas, presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro) e professor do curso da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Segundo especialistas da área, para se dar bem na profissão, a pessoa deve ter um bom raciocínio lógico, ser ágil, dinâmica, flexível, gostar de trabalhar em equipe, se relacionar bem com vários setores da empresa e saber analisar situações e tomar decisões.

A Abepro estima cerca de 7.000 profissionais no Brasil. Não há dados sobre faixa salarial específica do engenheiro de produção. Segundo o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a remuneração mínima dos engenheiros em geral é de seis salários mínimos (R$2.100, atualmente) para seis horas de trabalho.

Curso
A maioria dos cursos do país dura cinco anos. Nos primeiros períodos, os estudantes têm aulas de disciplinas básicas como matemática, física, química, português e economia. No ciclo profissional, há aulas de matérias de engenharia e de administração como logística, sistemas de produção, engenharia e segurança do trabalho, entre outras.

Algumas faculdades dão ênfase à prática durante toda a formação como é o caso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, onde alunos do terceiro ano podem participar de projetos de consultoria desenvolvidos por professores para empresas de diversas áreas. Há ainda a possibilidade de fazer estágios de férias.

No fim da graduação, o estudante tem que fazer um estágio obrigatório e também um trabalho de conclusão de curso (TCC), segundo as normas do Ministério da Educação (MEC).

 
Fonte: Portal G1 

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